terça-feira, 20 de julho de 2010

A Pele e a Alma

As gotículas d'água são lançadas

em direção ao teu rosto macio

que suavemente para, à esperar


os impactos das milhões de células


vivas e úmidas que te buscam


como alvo dessa metralhadora.


E pelo brilho de teu olhar


escondido pelas pálpebras cerradas


posso perceber o prazer, o climax,


o tenuar das forças musculares


entregues deliberadamente ao prazer


a lascívia mais cobiçada nas mentes


o orgasmo de sentir vários toques.


E em profusão desordenada elas vem


e ricocheteam em toda a sua face


perambulam em teu colo


encharcam seu cabelo


E te fazem sentir mulher,


uma dominadora no momento,


pois todas as gotas do mundo


estão indo em sua direção


Daí o delírio supremo


e depois o suspirar por mais


o enevoar por outras emoções


o esperar por mais gotas


assim tão abençoadas que venham


em um imenso turbilhão


em busca de Tua Pele e de Tua Alma.

20.7.10

Manifestação que faço as letras de Priscila Cáliga, conforme abaixo reproduzo, em trabalho denominado "Úmido, Molhado e Desejável" em seu Blog - Jardim Secreto, de mesma data desta publicação, com ilustração extraída do Blog - Pensamentos de Mila (Ilustração Sem título), prefaciadas por letras de Evelyn Ceinwyn.

Todos os Direitos Reservados àos seus repstvios Autores.


2010-07-20

Úmido, Molhado e Desejável

Andas tão misterioso, e eu ando lendo teus mistérios. Perco-me ainda nessa tua maravilhosa arte de me perder em ti. Tu és minha poesia e a inspiração em si para cada uma delas.


Ceinwyn, Evelyn


Nas folhas amarelas, linhas dos olhos e milhares de missivas a pele geme. O vulcão nas anotações resulta nortear que acelera estado nu. A fronte no banco da praça, nas árvores, na areia e na neve rascunha o próprio que é vinhedo. Em todas as folhas lidas e re-lidas pulsam clarividência, nos arames das páginas o sangue do lírico poetar entre a dança que enrosca a volta do ser mão nua. Nas imagens perolarizadas como seda pura, e o ouro das retinas embalam nas selvas e nos desertos. O ninho no eco da infância psicografa a contagem do dia tão esperado em veracidade, no grafar pleno de nomes que quebram o relógio. As maravilhas das noites, com café matinal na estação invernal, aquecedor à composição que paira no ar. No lago da lua viva, campos verdes tintura horizonte sussurrante, e as asas nas auroras prescrevem o caminho do morango. O oceano dos navios nas ondas desperta, e na montanha em luxo, com uma espuma fina das nuvens, aspirante à chuva banhar formas mais cintilantes. Em sinos cores múltiplas na verdade do que é incomum. A estrada desdobrada transborda e o candeeiro que se acende e se apaga as casas bem juntas nas letras a quatro mãos. No fruto colhido do dois em um, do espelho e do quarto a cama letrativa nulo vazio, em concha a escrever o terno. As mãos dadas na vidraça das surpresas e lábios atentos, rosados no nascer do dia. Do silêncio, desnuda-se da solidão nos degraus redivivos pelo poder da palavra que recomeça, nascido para conhecer e nomear o compasso em noite azul.


. canteiro pessoal
. imagem: Blog Pensamentos de Mila
3 FRUTOS

Um comentário:

  1. Desbururu, adentrar em teu espaço está sendo de um aprender incalculável. É impressionante, saboroso a captura e seu enredo diante um olhar minucioso e intenso, cada texto teu que leio, referente as partituras que vomito no jardim, quebram-me, como um enlevo.

    Obrigada. E mais: Sua casa é muito aconhegante, sinto-me sempre acolhida. Uma honra duas jóias raras, tu e Sr do Vale em meu jardim secreto, que não é secreto, mais um véu que se rasga revelando a sua face [pelo menos assim vou trilhando, mesmo que sobrevoa o recuar, devido medo].

    Abraços.

    Priscila Cáliga

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