Uma grande gota de água
em slowmotion aparece
e nas cavidades e profundas
do globo ocular choca-se.
E nesse estático momento
percebe-se a concepção
de todas as formas
refletidas nas extremidades
onduladas e curvilíneas
reduto final de reserva
da força explosiva.
Do impacto dessa massa
vislumbra-se a fissura
negra e estreita
como um olho aberto
em posição vertical
e se propagando
em direção ao espaço
rumando ao Universo.
E é assim que te vejo
olho animal, bestial
de quem já foi amado
adorado como um Deus
nas terras áridas
onde grandes construções
eram eregidas para repouso
eterno e cintilante
como o azul que transcende
assim que fixamos
novamente na gota
que agora vai explodir.
2010-07-19
A Curva dos Teus Olhos
Tinta a molhar sem cessar a pele
A música exprime o sentir da linguagem
Transpirar dos passos ofertantes,
Como cortinas de vento nas madeixas
Aspirar como doces aprendizes
Inspirar o que venta poesia
Tango a libertar do vazio,
Que acertam os passos em afagos
Corpo a corpo
Alma a Alma
Espírito atrás do pensamento no pincel
Ninho
Ao mar,
Espelhar-se nos olhos do céu ou da noite
E as paredes da casa com a pele incomum
A desfilar histórias das glórias
Nas idas e voltas a fazer sentido
Ante uma doce coreografia
O enlaço da lua,
Movimento sublime a decolar
Éluard, Paul
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