sexta-feira, 23 de julho de 2010

Pai - Universo e Sabedoria




O tempo ainda é largo

As emoções inatas
Tudo repousa, aguarda
Novo em flor e em cor
Liso e firme com furor
Olho para um lado a buscar
Quando será o momento
De olhar para o outro
E ver a imensa razão
De estar como tu Papai
Velho em dor em suor
Enrugado e flácido no labor
Mas imbuído de ser e ter
O que procuramos dia a dia
Poder viver e nos enriquecer

Da nobre e grande sabedoria.


-----------------------------------------

Papai eu vos amo
E sou grato ao Universo
Por ele ter dado a oportunidade
De você existir e ter contribuído
Em ter me gerado e viver para tí.


Ilustração denominada "Portraits" (Retratos) produzida em 2008, by Fakhraddin Mokhberi, Artista nascido no Iran e que tem um dom maravilhoso, conforme se vê em seu trabalho. Todos os Direitos a ele Reservados.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Música das Folhas

Como algo mágico e incompreensível,

a folha se enlaça nos cordames

rubra como os corações apaixonados

como os músculos tensos no ardor

da paixão de realizar algo bom.

E nesse frenesi de oito degraus

esta representante da natureza

se dá ao direito de ser rasgada

para que com uma de suas pontas

dilaceradas pelo corte profundo

que caso não se tenha cuidado

a leve a ser dividida totalmente

ela tenta de modo muito perspicaz

com uma de suas aberturas dedilhar

os melhores sons e tons celestiais

coisas que poucos sensíveis podem

mas que todos os mortais deveriam

ouvir, deleitar-se, sonhar.

O sonho continua com o batucar

da outra abertura e do talo

que percurcionam eloquentemente.

A folha ali irá permanecer sempre

até que alguém a coloque em lugar

especial e a salve como raínha

como uma mensageira da natureza

querendo mostrar seus acordes

que somente os puros de coração

tem acesso a esses recitais

pois deles sons imortais voam

para serem gravados nas partituras

de nossa mente, de nosso ser.


Minha manifestação ào escrito por Priscila Cáliga, que assina como .canteiro pessoal, em seu Blog - Jardim Secreto, além!, entitulado "Nas imagens os tons", prefaciada por trabalho de Leila Míccolis. Letras e ilustração reproduzo abaixo.

A ilustração não tem referência de nome ou título, e os trabalhos tem a identificação de seus Autores, assim sendo Todos os Direitos Reservados.


2010-07-21

Nas imagens o tom

Te olho
me molho


Míccolis, Leila


Outonos com formas e cores,
O luxo gracioso a querer grafar
A guardar versos na tarde,
Como o céu em retina,
No recender da flor murta
Completa e descompletar trajetos das linhas
Soneto à lua cheia,
Poder que devora por dentro
Palavras a re-leitura entrelinhada
Única chave a desvendar caixa de mistérios
A carícia com florido caminho,
Que estremece os ramos
Num doce suspirar
Ar que tece
E boca oscula os dedos de solo
Seio que chora o poeta altíssimo
Embebeda-se pela fragrância do ventre
Nas mansas correntes das mãos entrelaçadas
Suavidade de pele,
Arder
Incendiar
Desnudar-se: crescimento em beleza
No lunar único dos braços
O grito no escorrer pela parede vôo
Demorar na língua a pentear
Quando o vento abre as águas profundas
O repouso das madeixas, livros e flores


. canteiro pessoal

terça-feira, 20 de julho de 2010

O Olhar de um Deus.

Uma grande gota de água
em slowmotion aparece
e nas cavidades e profundas
do globo ocular choca-se.
E nesse estático momento
percebe-se a concepção
de todas as formas
refletidas nas extremidades
onduladas e curvilíneas
reduto final de reserva
da força explosiva.

Do impacto dessa massa
vislumbra-se a fissura
negra e estreita
como um olho aberto
em posição vertical
e se propagando
em direção ao espaço
rumando ao Universo.

E é assim que te vejo
olho animal, bestial
de quem já foi amado
adorado como um Deus
nas terras áridas
onde grandes construções
eram eregidas para repouso
eterno e cintilante
como o azul que transcende
assim que fixamos
novamente na gota
que agora vai explodir.

20.7.10


Manifestação ao trabalho de Priscila Cáliga aqui reproduzida, denominado "A Curva de Teus Olhos", com ilustração sem título e sem referência de Autor, e finalizada com um escrito de Paul Éluard.

Todos os Direitos Reservados aos Autores e para a Ilustração aqui reproduzida.

2010-07-19

A Curva dos Teus Olhos

Olhos narram no salão o rubro
Tinta a molhar sem cessar a pele
A música exprime o sentir da linguagem
Transpirar dos passos ofertantes,
Como cortinas de vento nas madeixas
Aspirar como doces aprendizes
Inspirar o que venta poesia
Tango a libertar do vazio,
Que acertam os passos em afagos
Corpo a corpo
Alma a Alma
Espírito atrás do pensamento no pincel
Ninho
Ao mar,
Espelhar-se nos olhos do céu ou da noite
E as paredes da casa com a pele incomum
A desfilar histórias das glórias
Nas idas e voltas a fazer sentido
Ante uma doce coreografia
O enlaço da lua,
Movimento sublime a decolar
Ser-se pluma e vôo


a curva dos teus olhos dá a volta ao meu peito. é uma dança de roda e de doçura. berço nocturno e auréola do tempo, se já não sei tudo o que vivi. é que os teus [meus] olhos não me viram sempre. folhas do dia e musgos do orvalho, hastes de brisas, sorrisos de perfume, asas de luz cobrindo o mundo inteiro, barcos de céu e barcos do mar, caçadores dos sons e nascentes das cores. perfume esparso de um manancial de auroras. abandonado sobre a palha dos astros, como o dia depende da inocência. o mundo inteiro depende dos teus olhos. e todo o meu sangue corre no teu olhar.

Éluard, Paul

Canteiro Pessoal
6 FRUTOS

Usando os Meus Poderes.


Caminhas pelo paraíso

molhando seus pés sem medo

o solo arenoso lhe acaricia os pés


massageando muito bem a pele,


teu corpo escondido pelo vestido,


me faz entrar em imersão e pensar,


o que ele esconde sob suas fibras


e assim vou buscar caminhar


e ter essa visão com você.




Acompanho seus passos e suas coxas


alvas e maravilhosas como nunca vi,


hoje nem nunca eis que a desconheço


mas percebo a leveza de teus braços


e da maciez de suas mãos me encanto


querendo a qualquer custo olfatar


teus longos e perfumados cabelos.




Por que escondes de mim palavras


e segues seu rumo descomprometida.


Por que me impossibilitas de ser


aquele que podes estar ao seu lado


fisicamente, na mesma simetria


e você me chamando de namorado.




Desejo no íntimo maior de mim


que esta praia persista até o além


sempre reta, cálida, infinita


pois deixar de estar ao seu lado


é como acabar o sol, a lua, o mar


é como estar impossibilitado


de poder escrever e te dar letras


já que sua companhia discorro


tão complicada, tão elaborada.




Quero que as ondas te peguem


somente naquele momento final


em que deixa sobre a areia espuma


e esta matéria efervescente


seja como uma bálsamo, um frescor


para esses pés trabalhados a mão


que insistem em querer se apressar


e me deixar para traz de vez.




Sofro internamente ao ver isso


como uma possibilidade real


como ficarei se acaso quiseres


acelerar teus passos e me deixar


olhando somente a sinuosidade


de seu corpo cortando a realidade


dessa faceta de paraíso meu


que desejo, espero que seja nosso.


Como você esconde nas palavras


o seu verdadeiro sentimento


neste singelo e único momento.




Montanhas eu vos ordeno,


que se ela me deixar para traz


sigam o caminho do mar,


para que ela tenha que voltar


pelo mesmo caminho e passos


e um dia possa me reencontrar


aqui parado onde fui deixado


implorando por um seu olhar


questionando o por que do pranto


me pedindo para olhar para o mar


e dizer do fundo do coração


que podemos para sempre nos amar.




Céus eu te conclamo, a se aproximar


para que eu possa com o braço


em forma de concha ou o que puder


retirar de seu enriquecido lar


todas as estrelas que eu puder


para com carinho a coroar,


e com suas luzes fazer brilhar


todo esse momento de emoção


toda essa sensação de paixão.




Ar eu te exijo, que por momentos


muito pequenos e somente aqui,


pares de funcionar e faça-me agir


em beijar este meu amor que arfa


como se tivesse necessidade


de me ter como o ar que lhe falta


e este beijo durasse toda a vida


que poderia ser igual ao seu tempo


já que estás aqui desde antes


das montanhas que ordenei agora


a caminhar em direção ao mar.




Oh grandiosidade de pensamento


esperança de aquecimento e paz


adrenalina fugaz e intermitente


que me pulsa a mente e coração


em busca de uma simples solução


de como acompanhar essa que vai


serenamente a caminhar logo ali


em frente de uma grande visão


onde eu busco acalentar sempre


algo que me traz grande ilusão.


20.7.10


Letras que componho, baseando-me na ilustração que figura em trabalho postado por Priscila Cáliga, em seu Blog denominado Jardim Secreto, além!, com o título de "Instinto".

Foto sem Título e sem referência de seu Autor. Os textos reproduzidos abaixo são de cunho da letrista Priscila, assim à ela Todos os Dirietos Reservados, bvem como ao Autor da Foto, tudo abaixo reproduzido.


2010-07-18

instinto


Partida nulo agradar, penetra a vitalidade dos órgãos. Arranca as camadas, e ossada, quebra-se. O ar não se respira, e força escorrega no palco. A dança desfalece, e o pouso por todos os lados com paredes e pisos envelhecidos. Olha-se no espelho e diz: - Esta não é uma gaveta cheia de mapas e atalhos para descobrir. Então, no último fôlego que há, trancar a porta e engolir a chave para que não suceda a saída do toque.



coragem
a cor,
o coração
na firmeza de espírito,
calor diante aterrissagem lunar
intrepidez
ânimo
valentia
perseverança
ante o que parece embaçado,
correr até encontrar par de olhos
erguer as pálpebras
e tudo voltar
renascer
flutuar
ter o sol
ser no íntimo vulcão
valsar com as estrelas,
rubro
e azul a pintar único nome
a primavera no estrondo
que cria no interior da mente
partituras indeléveis



. canteiro pessoal

A Pele e a Alma

As gotículas d'água são lançadas

em direção ao teu rosto macio

que suavemente para, à esperar


os impactos das milhões de células


vivas e úmidas que te buscam


como alvo dessa metralhadora.


E pelo brilho de teu olhar


escondido pelas pálpebras cerradas


posso perceber o prazer, o climax,


o tenuar das forças musculares


entregues deliberadamente ao prazer


a lascívia mais cobiçada nas mentes


o orgasmo de sentir vários toques.


E em profusão desordenada elas vem


e ricocheteam em toda a sua face


perambulam em teu colo


encharcam seu cabelo


E te fazem sentir mulher,


uma dominadora no momento,


pois todas as gotas do mundo


estão indo em sua direção


Daí o delírio supremo


e depois o suspirar por mais


o enevoar por outras emoções


o esperar por mais gotas


assim tão abençoadas que venham


em um imenso turbilhão


em busca de Tua Pele e de Tua Alma.

20.7.10

Manifestação que faço as letras de Priscila Cáliga, conforme abaixo reproduzo, em trabalho denominado "Úmido, Molhado e Desejável" em seu Blog - Jardim Secreto, de mesma data desta publicação, com ilustração extraída do Blog - Pensamentos de Mila (Ilustração Sem título), prefaciadas por letras de Evelyn Ceinwyn.

Todos os Direitos Reservados àos seus repstvios Autores.


2010-07-20

Úmido, Molhado e Desejável

Andas tão misterioso, e eu ando lendo teus mistérios. Perco-me ainda nessa tua maravilhosa arte de me perder em ti. Tu és minha poesia e a inspiração em si para cada uma delas.


Ceinwyn, Evelyn


Nas folhas amarelas, linhas dos olhos e milhares de missivas a pele geme. O vulcão nas anotações resulta nortear que acelera estado nu. A fronte no banco da praça, nas árvores, na areia e na neve rascunha o próprio que é vinhedo. Em todas as folhas lidas e re-lidas pulsam clarividência, nos arames das páginas o sangue do lírico poetar entre a dança que enrosca a volta do ser mão nua. Nas imagens perolarizadas como seda pura, e o ouro das retinas embalam nas selvas e nos desertos. O ninho no eco da infância psicografa a contagem do dia tão esperado em veracidade, no grafar pleno de nomes que quebram o relógio. As maravilhas das noites, com café matinal na estação invernal, aquecedor à composição que paira no ar. No lago da lua viva, campos verdes tintura horizonte sussurrante, e as asas nas auroras prescrevem o caminho do morango. O oceano dos navios nas ondas desperta, e na montanha em luxo, com uma espuma fina das nuvens, aspirante à chuva banhar formas mais cintilantes. Em sinos cores múltiplas na verdade do que é incomum. A estrada desdobrada transborda e o candeeiro que se acende e se apaga as casas bem juntas nas letras a quatro mãos. No fruto colhido do dois em um, do espelho e do quarto a cama letrativa nulo vazio, em concha a escrever o terno. As mãos dadas na vidraça das surpresas e lábios atentos, rosados no nascer do dia. Do silêncio, desnuda-se da solidão nos degraus redivivos pelo poder da palavra que recomeça, nascido para conhecer e nomear o compasso em noite azul.


. canteiro pessoal
. imagem: Blog Pensamentos de Mila
3 FRUTOS

Verdes Mares

Meu voo foi mais rasante
Mais impactante
O menu mais concentrado
Tanto que fiquei prostrado
Em não poder voar tanto
Mas os dias foram de encanto
As frutas ficaram àos amigos
Que como sempre estão presentes
nos nossos poucos dias de paz
que temos quando vamos para o mar
Nos 360 verdes mares
Das 180 pétalas vermelhas
Que ficaram no chão
Da nova castanheira emergente.

20/07/10 15:34


' qui tal meu quintal '

-----------==----------------------------Passa passarinho passa
----------------==----------passa passear cores nos olhares
---------------==-----------passa paz nos corações
---------------==-----------voa passarinho voa
---------------==-----------voa sozinho
-----------------==---------voe pro ninho
----------------==----------e
-----------------==---------volte amanhã.























Manifestação às letras do Amigo Noslen ed azuos, denominadas "qui tal meu quintal" e suas respectivas fotos extraídas em um pequeno recôndito de seu quintal, em algum paraíso deste Mundão Brasileiro.

Texto e fotos Todos os Direitos Reservados ào seu Autor.

Conflito em 05 Fases mais Sinopse

01ª Fase:


A água pura que desejava em meu coração, está longe do espaço que quero.
Está longe do alcance que tenho, está próxima daquilo que não posso alcançar.
Por conta disso, estou dimensionado a observar uma mente palpitante
enraizada numa estrutura humana que não mais tenho ou quero
eis que devo e tenho que partilhar minha loucura com a dos outros em geral.
Todos dizem que eu é que sou louco, mas aprecio a loucura e ela me faz feliz.
A felicidade na loucura é poder extrapolar os limites do lógico e da razão,
enquanto estes parâmetros do ser humano rogam e pedem para que não.
A própria loucura tem os seus domínios e pede para se tomar cuidado.
Por isso que vejo que estou na loucura desse quadro, onde água pura é tudo,
mas também não é nada pois ela não complementa nada, mas sim une
ondas ou possíveis movimentos não assimétricos que nos fazem vaguear.
Isso me chama e me torna possuidor do conhecimento do momento em que estou.
De conflito, de total irrefutamento de que as coisas não são como parecem.
E assim cria-se o ambiente para o primeiro ciclo, para a primeira fase.
A fase da loucura do entendimento.




02ª Fase:


Entender as cores e dar a elas sentidos é muito difícil,
mas há quem diga que não, e explique que as cores movimentam a mente.
Existem terapias das cores, existem tratamentos com cores,
existem loucuras em cores, e a minha loucura, vê este vulto
como uma existência já acabada, inerte e sem vida, quase pútrefa.
Sua cor remete os velórios, os momentos tristes, os olhares baixos,
as lágrimas con-incontidas, os entes queridos ou não que se vão.
Ao mesmo tempo, se vê de um certo lado, de uma certa banda,
algum tipo de carinho, algum tipo de movimento de busca.
Algo que está questionando os por quês, e talvez tentando olhar
para o fundo de nossos olhos e dizer que tudo está ou não bem.
Dualidade, é sempre uma coisa ímpar em nossas vidas.





03ª Fase:


Cavalariços, servos, mulas, carregadores, gente trabalhadora,
sem alma e sem cor, transfigurados pelo negrume dos corredores
desta caverna alucinógena, que de se olhar mais amíude,
poder-se-á sentir-se o cheiro de enxofre, de caminhos tortuosos
caminhos de sofrimento, caminhos de clausura, de não felicidade.
O duo aparece novamente, quando se vê ao largo desta trilha
de desamparados tais que não se vêem suas lágrimas
aponta uma nova e curta fila, parelha a mencionada, com poucos
mas tangíveis espectros, enevoados e encapuzados
como as figuras do mal e da escuridão sempre o fazem,
ou pelo menos se esteriotipam, como se assim fosse o seu mote.
E estão ao meu ver felizes, pois estão sem nada transparecer
sem nada carregar, sem nada demonstrar que são sobrepujados
como os demais de sua outra ala, aqui já comentada, daí o duo
a existência de que há quem faça e há quem deva mandar fazer,
inclusive com o aparecimento de um cetro, ou um cajado ou algo
que possa demonstrar alguma forma de poder, alguma diferença
como um mínimo fluir de conhecimento pode dar glória a alguém.
E a caverna não mais soturna, passa a ser lúdica,
pois a dualidade faz com que nos esqueçamos do lado ruim
e o apaziguemos com o lado bom, essa é uma grande verdade.





4ª Fase:


Os fluídos aqui representados, são a confirmação de minha visão.
São o alento de que não estou totalmente errado, ou viajante,
é a certeza de que precisamos nos concentrar para observar,
para saborear cada centímetro desta tela, que nos abraça,
como as figuras bípedes e acéfalas que fazem malabarismo
inverso, como se dessem cambalhotas ao contrário,
e entre seus braços, se fizessem sobressair outros vultos
que fazem parte dessa mesma tela, vultos ou outras pernas
de energias carregadas na cor, que nos conduzem a algo pesado
muito para lá de lúdico, mas como dito tangível,
se e como fantasmas a perambularem por uma região de limbo
onde as pessoas sempre estão e sempre comentam a respeito,
sobre seus tropeços, suas falhas, suas mazelas, que tem essas cores
que tem esses formatos, que tem na verdade essa configuração.




5ª Fase:


E as artérias desse mar, vem se sobrepondo como ondas,
ondas do Mar Morto, que não produz mais do que mínimo barulho
pois sua salinidade é tanta que o sal faz a agua afundar,
e sobre ela um corpo qualquer pode boiar, sem necessidade de esforço
dada a capacidade concentradora que ali existe, e que pode ser aqui
um belo exemplar destes mares que nos embobalham,
nos entorpecem, nos embasbacam, nos deixam fora de si.
Mares carregados como as cores de outrora espíritos
que comentados nestas letras agora fazem parte do passado,
na verdade fazem parte do todo, mas aqui estudo uma parte
um detalhe como é dito pelo próprio autor, que nos remete
a uma intensificação de nossos eus, de nossos egos, de nossos centros
buscando cores, algo claras ou algo escuras, mas buscando aquilo
que pode nos transformar e tentar dualizar com esta miragem
encontrável somente aqui nas ondas virtuais, eis que as miragens
verdadeiras, estão muito longe de eu estar a procura delas.




Sinopse


Quando estiver a procura de emoções
e elas não estiverem muito aparentes
Fecha teus olhos para o teu mundo
e os abra mentalmente para nosso canto
Eis que nossas manifestações transbordam
e nos acordam para outras facetas
tão loucas como as nossas loucas
impressões de que tudo deixou de ser careta
deixou de ser comum e tudo agora faz parte
daquilo que tentamos entender como sabedoria
não importa de quem, mas de preferência
que ela seja muito mais humana
do que nós reles mortais e pequeninos
diante da grandeza deste Universo e de
nossas maiores capacidades, o que nos traz
a consciência de que estaremos sempre em conflito.


Manifestação que faço ào trabalho do Amigo Sr. do Vale, em sua Pintura, aqui reproduzida, denominada "Praia das Manchas (Retrospectiva)" devidamente acompanhada de quatro detalhes da mesma Pintura.
Todos os Direitos Reservados ào Autor e sua Obra.


segunda-feira, 19 de julho de 2010

Senhorinha

Muitas lembranças eu tenho de você

Recordo-me vivamente dos dias passados
,
no rancho que pertencia ao seu genitor.

Porém me é muito latente a visão dos olhos
.

Dos teus castanhos e redondos olhos.


Que me fizeram apaixonar e tremer as pernas

desde o primeiro momento que te vi.


E nas trocas de olhares que pudemos ter

naqueles mal fadados intervalos na lide.

Pude perceber o quanto eu estava em transe
.

E desta sensação de estertor veio o sol

a lua, as estrelas, nuvens desenhadas
,
o canto dos pássaros, o som dos animais

tudo em um redemoinho e isso se foi.


Como a carroça que eu conduzi no final

junto com os demais parceiros de empreita

que terminaram o serviço em suas terras

e me levaram para outras longe e diferentes
onde fiquei somente lembrando de ti.


Recordando aquele pequeno instante,

quando estavas saindo para a Igreja

rezar para que tudo desse certo no futuro.


Tempo este que eu gostaria de passar com você.


Mas não poderei, pois sou só um trabalhador

e você é a Senhorinha, agora do meu coração.


Pintura denominada "A Casual Glance" by Morgan Weistling. Todos os Direitos à ele Reservados.

Marca-me por Marcar

Manifestação que faço às letras denominadas "Tua Marca, Marca-me" de Luciano Martini, repaginado por Priscila Cáliga em seu Blog Jardim Secreto, onde assina como .canteiro pessoal.

Textos e foto, copiados do Blog supra mencionado, que exceto as letras que tem Título, a foto desconheço o Autor, mas deixo aqui, Todos os Direitos Reservados a escrita e a fotografia aqui representados.

Para Priscila Cáliga abri um marcador especial, denominado "Acompanhando Priscila - Fotos e Letras", onde tento colocar minhas palavras nos trabalhos que ela apresenta para o Universo Virtual, bem como plenamente robustece com seus textos muito bons, dos quais eu por inércia, também demonstro minhas impressões através das humildes letras que aqui digito.

Apenas reproduzo o trabalho que ela fez em seu Blog, para que fique fácil o entendimento de minha escrita com a visão e a criatividade visceral que ela possui e lapida em suas letras.


Marcar
Marcar-te
Marcar o ponto
Marcar o encontro
Marcar a missa
Marcar a pizza
Marcar o tento
Marcar com incenso
Marcar sem pestanejar
Marcar sem falhar
Marcar sem apupar
Marcar sem marejar
Marcar por estar
Marcar por passar
Marcar por caçar
Marcar sem ver
Marcar sem ter
Marcar para viver
Marcar e ter
Marcar por toda a vida
Marca de nossa investida
Um segundo uma marca
De que tudo está marcado
Como agora marco o papel
Sem marca
Pois é virtual mas tem marca
Como tudo o que se abarca
Neste momento marcante.

19.7.10


2010-07-19

Tua marca, marca-me

Há um tapete de
poças espelhadas
nas trilhas esquecidas
de algumas árvores chorosas
Que desenham a tua geografia
nesta tarde chuvosa
e aconchegante!


Martini, Luciano



Quieta,
Minha alma recorda
As colinas de redenção,
Onde o sangue se derrama
O de sempre,
Renovável
E a bruma de fundo,
Aprofundada a me mover
O leque da boca a falar delírios
Reflexo dos olhos a cantar
Re-cantar grande euforia
Um rosto não! O rosto
A guiar-me
Transportar-me com delícias
Até candura da espera de ter o além
E o ar da face,
Único a ser cingido por esse espelho
O mar dizer
Céu sobre mim do que nada sei
Apenas tirar as vestes
Na inocência de conhecer incomum par


Canteiro Pessoal
2 FRUTOS

Natureza em Símbolos



Minha viajem.
Viagem de alguém.
Floresta encantada.
Natureza a se expor.
Suposições de realidade.
Atos e fatos de teatralidade.
Vários "bichos" e "nichos"
que se sobrepõem enfim
numa perturbação sem fim.

Os olhos da sapiência
Estigmatizados na coruja centralizam
a visão do todo
sendo a sustentadora
de uma
imensa estrutura arbórea
enraizada no solo do nada.
Um nada alvo, como o alvo é,
transparente e inocente
sem ter cor e sem ser coerente.
As veias engrossadas pelo tempo
pipocam nas suas bases lineares
como se algo ou alguém trabalhasse
essa tora e ela viva
não senti-se
os efeitos dessa
interferência
em sua virtude,
em sua forma
de ser e existir.
Do solo etéreo para o além.
Nuances de tudo e de nada.
O cinza operando a base aumentando
e diminuindo
em escalas bem
compassadas
que até descansam
aos olhos
menos observadores
e deleitam
aqueles mais aguçados
e astutos.

Sobre a senhora experiência,
como se entrasse em seu cérebro
sem caixa craniana mas aberto
recoberto de outras tantas nuances
víboras buscam sua artéria
lançando-se no Universo frontal
com suas bocarras demonstrando
dores e temores, sem rancores,
e numa réstia de alento sem vento
observa-se que não possuem presas
pois já estamos subjugados ào bote.
Se são sete o Cavaleiros do Apocalipse
aqui temos três solitárias mensageiras
das atrocidades de nosso interior
sombrio
de nossos submundos
lascivos e escuros
das loucuras
engendradas do caos
de ter
a sobriedade de saber pensar.
Esta é a verdadeira loucura.
Poder saber que se pode ficar louco.
E se louco estou posso controlar isso.
E como em todo mundo que gira
como a necessidade e alimento
gera
a fome está estampada
no batráquio
que sem olhos
e sem língua fica a espera

do momento certo de ser alimento daquilo
que vem trazendo a elocubração
de como isso pode ser, pode existir,
e sobre este ser inquietante e asqueroso
repousa a tentação e a representação
da volúpia como todos imaginam e querem,
cabelos longos, colo aparente,
púdicas proeminentes, absorventes.
Lusco fusco da razão com a intenção,
interface da criação com a piração.
E isso me faz lembrar de minha avó,
nítida em algum interior de neurônio
que como ela segrega idade e
experiência
daqueles que ainda não foram
daqueles que nunca irão, sequer em pensamento
abandonar o toque cálido e a voz meiga
como de uma segunda mãe a espreitar
os medos e os perigos
que podem nos ocorrer
como uma
professora que assedia seus pupilos
com conhecimento de vida
e de livros
para que possam ver
a seu tempo suas próprias
histórias
e imagens absurdamente realistas
neste mundo irreal que ora me exponho.
O prelúdio se instaura, anunciando
o fim
do incontrolável desejo de dedilhar
de continuar nesta história de delírio
que a cada nova aspiração vem a inspiração
e a cada novo olhar neste mundo
branco e preto, black and white
se percebe que ainda falta muito
a ser visto
porém neste momento
paro de escrever
para prestar atenção
nas hastes e caules
que aparecem
desta gigante massa de vida
que,
demonstra ter seus espinhos
voltados
para algum lugar ou coisa,
onde os
símbolos se multiplicam
nesta floresta
e nessa natureza em símbolos.





Ilustração é uma Pintura Digital denominada "Transição" by Sr. do Vale em seu Blog - Partículas do Sentido. Todos os Direitos Reservados ào Autor e sua Pintura.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Desabafo Por Milagres

Expresso manifestação a mais algumas letras de Priscila Cáliga, em seu Blog, Jardim Secreto, além! que assina como .canteiro pessoal.

Existem duas situações nestas letras, onde em um primeiro momento ela digita com outro parceiro dela identificado no trabalho como - Rocha, e já um segundo momento em que digita suas próprias elocuções (excelentes como praxe).

Os textos são de autoria da aqui representada Priscila e a ilustração possivelmente retirada da Internet, S.M.J., assim como a ilustração que reforça a minha mensagem foi retirada da Internet e tem como Título - Napalm -, porém não explicíta o seu Autor, mas como sempre aqui imponho, Todos os Direitos Reservados àos seus Autores.

Meu raciocínio desta vez, portou-se mais sóbrio, creio eu, e não poético, viso mais ampliar essas orações que colocamos a cada dia em nossas escritas e em nossos corações, e que constatei no tema aqui em questão.

2010-07-14

A cada mil lágrimas sai um milagre

- Sou seu muso ?
- O meu muso balança minhas madeixas.
- Como assim, misteriosa ? É o vento ? Você é uma delícia mesmo, mas saiba, sou o vento.
- Engravido-me dos sonhos grandes e extravagantes do que hálita. Meu coração queima sobre a pele, e o amor bate na aorta.

Diálogo Rocha e Cáliga





Oscular ante a fala
Oscular longe da moita de cevada ao anoitecer
Junto à verde, verde grama
Balançar, balançar
Dançar
Cantar
Re-dançar
Re-cantar
Balançar rodando


Ele use aqueles sapatos, calça e camisa
Eu usarei aquele vestido


Vestida de letras
exprimidas nas intervenções
Sob a Via Láctea
Soltar-me
Para fora, no solo enluarado
Levantar a mão aberta
E chamar a banda e fazer
Os vagalumes dançarem
A lua prateada cintilante
Embaixo da casinha da árvore quebrada
No balanço de pneu
Trazer, trazer, trazer o chapéu florido
Tomar no tomaremos o caminho marcado
no Mapa
Sob um crepúsculo leitoso


[Então,
tu osculas
e eu osculo,
nós osculamos.]


. canteiro pessoal
Plantado por Canteiro Pessoal 1 FRUTOS


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Desabafo por Milagres





As lágrimas são a essência de nosso sentimento, e por elas demonstramos nossas intenções perante o que se nos é apresentado.


Elas evocam o que de melhor e o que de mais terno existe em nossos corações e mentes.


Parte delas a verdadeira postura do ser humano, do lado irracional, aquele em que o sentimento é o cerne, é o tudo.


Nenhuma palavra sobrepõe as lágrimas, tanto que o que mais atrai uma certa safra de profissionais de mídia informativa, os que gostam de mostrar a parte sensacionalista da "coisa" é mostrar alguém chorando, e sempre tem alguém neste estado sendo captado por estas aves de rapina.


Os atos praticados são o desencadear de nossas forças, buscando os fatos que nos levam a crer ou descrer em nossas vidas, e a eles são computados todos os nossos valores, lucros e perdas, esperanças e derrotas, amor e ódio, enfim tudo o que nos representa enquanto dualidade, pois somos sempre duo, nada mais que isso.


Sim, as lágrimas são a força do milagre e são elas que ainda nos fazem acreditar que somos humanos, pois é delas que ainda muitos rios serão formados, para que haja alguma mudança para o bem de todos, para que o milagre efetivamente aconteça, pois não é só uma pessoa ou alguma situação que necessita de um milagre, mas sim toda a humanidade atual.


Que nossas letras levem o recado e nossas lágrimas cristalizem essa intenção.


Senhores Do Universo Leiam Nossas Letras E Enxuguem Nossas Lágrimas Atendendo Nossos Anseios.

Da Janela Do Ônibus

Material reproduzido do Blog.ig.com.br do amigo Tarcísio Motta, companheiro de muitos anos e muitas conversas, hoje um pouco afastados, posto nossos compromissos, mas de uma saudade inquietante. A ilustração tem crédito e o texto é do amigo, assim Todos os Direitos Reservados àos seus Autores. Minha manifestação ao escrito do amigo Tarcísio, segue após a ilustração abaixo.



20/11/2008 - 20:27


Sandálias da Humildade



Plano baixo
calça fusô preta
uma sandália preta
quase franciscana
no outro pé
uma sandália prateada baixa
resquícios da quarta feira de cinzas
lembranças de andarilhos da fome
lembranças de passistas e carnaval
Plano médio
uma bermuda escolar colorida
um saco puído nas costas
cheio de equipamentos de sobrevivência
catados no lixo:
latinhas, jornais velhos, caixas de papelão…
Close alto quase close um retrato
da miséria do absurdo de tristeza de loucura
barba de seis meses por fazer
cabelos endurecidos
trinta anos multiplicados em dobro…
Retratos da sociedade
captados nas ruas
por olhares atentos de alguém que passa vê e esquece






Autor: tarcisio motta - Categoria(s): Sem categoria

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Da Janela do Ônibus

Fui ao Habib's,

Passei no Mac Donald's,

Desfilei no Pizza Hut,

Me alterei no Bobs,

Fui oprimido no Burguer King.

Só me restaram os pets

Que tentaram me tirar

Por acharem que era de marca

Horrível como da Coca Cola,

Gazeificado como da Antártica,

Sem sabor como da Dolly.

Eram de água mesmo que alguém

Sem educação e sem me ver

Atirou na parte da manhã

Daquele ônibus que vinha da Zona Sul

Dessa ou de qualquer outra Cidade.