segunda-feira, 19 de julho de 2010

Natureza em Símbolos



Minha viajem.
Viagem de alguém.
Floresta encantada.
Natureza a se expor.
Suposições de realidade.
Atos e fatos de teatralidade.
Vários "bichos" e "nichos"
que se sobrepõem enfim
numa perturbação sem fim.

Os olhos da sapiência
Estigmatizados na coruja centralizam
a visão do todo
sendo a sustentadora
de uma
imensa estrutura arbórea
enraizada no solo do nada.
Um nada alvo, como o alvo é,
transparente e inocente
sem ter cor e sem ser coerente.
As veias engrossadas pelo tempo
pipocam nas suas bases lineares
como se algo ou alguém trabalhasse
essa tora e ela viva
não senti-se
os efeitos dessa
interferência
em sua virtude,
em sua forma
de ser e existir.
Do solo etéreo para o além.
Nuances de tudo e de nada.
O cinza operando a base aumentando
e diminuindo
em escalas bem
compassadas
que até descansam
aos olhos
menos observadores
e deleitam
aqueles mais aguçados
e astutos.

Sobre a senhora experiência,
como se entrasse em seu cérebro
sem caixa craniana mas aberto
recoberto de outras tantas nuances
víboras buscam sua artéria
lançando-se no Universo frontal
com suas bocarras demonstrando
dores e temores, sem rancores,
e numa réstia de alento sem vento
observa-se que não possuem presas
pois já estamos subjugados ào bote.
Se são sete o Cavaleiros do Apocalipse
aqui temos três solitárias mensageiras
das atrocidades de nosso interior
sombrio
de nossos submundos
lascivos e escuros
das loucuras
engendradas do caos
de ter
a sobriedade de saber pensar.
Esta é a verdadeira loucura.
Poder saber que se pode ficar louco.
E se louco estou posso controlar isso.
E como em todo mundo que gira
como a necessidade e alimento
gera
a fome está estampada
no batráquio
que sem olhos
e sem língua fica a espera

do momento certo de ser alimento daquilo
que vem trazendo a elocubração
de como isso pode ser, pode existir,
e sobre este ser inquietante e asqueroso
repousa a tentação e a representação
da volúpia como todos imaginam e querem,
cabelos longos, colo aparente,
púdicas proeminentes, absorventes.
Lusco fusco da razão com a intenção,
interface da criação com a piração.
E isso me faz lembrar de minha avó,
nítida em algum interior de neurônio
que como ela segrega idade e
experiência
daqueles que ainda não foram
daqueles que nunca irão, sequer em pensamento
abandonar o toque cálido e a voz meiga
como de uma segunda mãe a espreitar
os medos e os perigos
que podem nos ocorrer
como uma
professora que assedia seus pupilos
com conhecimento de vida
e de livros
para que possam ver
a seu tempo suas próprias
histórias
e imagens absurdamente realistas
neste mundo irreal que ora me exponho.
O prelúdio se instaura, anunciando
o fim
do incontrolável desejo de dedilhar
de continuar nesta história de delírio
que a cada nova aspiração vem a inspiração
e a cada novo olhar neste mundo
branco e preto, black and white
se percebe que ainda falta muito
a ser visto
porém neste momento
paro de escrever
para prestar atenção
nas hastes e caules
que aparecem
desta gigante massa de vida
que,
demonstra ter seus espinhos
voltados
para algum lugar ou coisa,
onde os
símbolos se multiplicam
nesta floresta
e nessa natureza em símbolos.





Ilustração é uma Pintura Digital denominada "Transição" by Sr. do Vale em seu Blog - Partículas do Sentido. Todos os Direitos Reservados ào Autor e sua Pintura.

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