
Na escuridão passiva de seus corredores
Sombras são tangíveis posto seu vigor
E delas outras se sobrepoem
Beirando o fatiar de vultos amorfos
A beleza dessa impactação
Desliza sobre nossos olhos
E mesmo com eles, pouco se vê
Pouco se distingue
As pessoas estão desaparecidas
Nada se vê neste sentido
Nem gritos, nem pavor,
Lugúbridade total
Infernal
Abissal
Os vidros estão todos escuros
Do outro lado um brinde
Luzes, tilintar de taças
Alegria
Esta festa está passando
E eu não recebi o convite
A Cidade lá
Brindemos a dualidade
Festejemos o terror
Saudemos a fantasia
Quero dar adeus ao horror.
Deixem-me entrar nesta Cidadela.
Homenagem ào amigo Sr. do Vale e sua nobre arte de criar no surreal.
Ilustração: Cidadela - Sr. do Vale (todos os direitos reservados)
Celso, obrigado por essa homenagem.
ResponderExcluirSinto como vc, onde está, como alcançar a Cidadela, onde tudo é muito lindo e singular.
valeu.