sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Roxo e o Branco





Um turbilhão de almas

acenam na margem da compreensão

implorando para o mensageiro

apresentar ao seu superior

que o momento da esperança

a qualquer momento vai chegar.

Apontam para o corcel rubro

que de rapidez tal imensa

somente se apercebe

sua frente imponente

por colocar duas patas

em um terreno que impera

as patas chamadas pés.

Cegos desconhecem os anjos

nitidamente a frente de todos

encapuzados e alados

como as milícias que se formam

ou os neófitos que esperam.

Depois disso, só o desconhecido.

As auras entrelaçadas,

as cores vibrantes,

o lusco fusco contra o raiar da luz

a descoberta de signos religiosos

e de animais sagrados

aparentando o miscigenar de povos

juntos e unidos em um éden

completamente descaracterizados

sem eira e nem beira

como diriam e construiram

alguns povos que já passaram

pelo branco e ora estão no roxo.


17 de junho de 2010 23:36


OBS.: Ilustração - Equus (e Detalhe) by Sr. do Vale - todos os direitos reservados.

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