Pintura: Reverberação by Sr. do Vale - Todos os Direitos Reservados
Como que caindo de meu próprio peso
Pendendo para o alem do ar e da existência
Diante de uma visão totalmente devastadora
Abrem diante de meus estatelados olhos
Janelas e constatações algo preocupantes
Coisas que jamais vi e presenciei
Formas que antes destes momentos
Nada diziam para mim exceto fábulas
Posso agora dizer dos tentáculos presentes
Estruturas enraizadas e poderosas
Oriundas de um nada perturbador
Aparentes tentáculos de monstros colossais
Sem estarem ligados em si mas unidos
Choca asseverar que tais filamentos sombrios
Estruturam algo como um capacete
Uma grande tela de cinema distorcida
Onde os olhos devem procurar com acuidez
Relatos de algo compreensível a mente
Mas impossíveis de serem esclarecidos
Se existem olhos eles estão perdidos
Bocas, orelhas, pelos, algo inteligível
Tudo isso passa despercebido
O que fica é a certeza de grande tumulto
Mental, visual, caricatural, descomunal
E a visão é levante, é profunda
Pois já dentro dela estou, imerso nela
Sem braçadas, sem passos, sem gestos
Apenas a mente voa, e alto
Os olhos arregalados e arrepiados
Pois é para eles que tudo converge
E do arrepio que se sente quase tangível
Percebe-se o tema, percebe-se a reverberação
Que visão
Que ilusão
Que sensação
Que pulsação
Sinto que tudo está vivo ao meu redor.
Valeu Celso, são palavras para serem lidas e relidas.
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