sexta-feira, 18 de junho de 2010

1º) Sem Título - 2º) Dualidade



Subo as escadas que surgem no meio do mar branco, que está a nos oferecer os únicos momentos de paz e conforto, nesse devaneio de choques, culturas e contraculturas.

Na paz branca de meu desatino e do poder de percepção, estou também sem fôlego, curvado em meu próprio eixo, sem poder olhar para tráz, sem poder observar os outros, eis que poucos estão "desse lado" do que estou imaginando e visitando em meus mínimos momentos de razão.

Assim como a paz vai embora, surge após ela, o carmim, a pujança, a desordem, o caos ......... maravilhoso caos, com suas curvas delineantes e cabelos sobrepostos, inundando minha mente com desejos libidinosos e voluptuosos, eis que na boca da caverna, a tentação espreita com olhar perdido e de desdém ......... mas me iludo e desejo que ela também me deseje.

Fujo dessa emboscada, ainda pensando e tinindo entre dentes, pois hoje é dia dos namorados, e aquela nuvem se firma como algo muito presencial, muito forte para se conter todos os pensamentos.

Me lanço na marolada ondulação das águas que se formaram, negras como o caos que deixei, mas geladas a ponto de não mais entender aquilo que pensei, e tentar agora sobreviver a esse ponto onde me encontro, onde nada se vê mas tudo se percebe, se sente, e tento nadar.

Meu esforço nada físico resulta em sucesso, pois consigo chegar ao "outro lado" do universo, e tento visualizá-lo para lembrar de como ele é, pois ainda estou com o corpo frio da água empedrada e fria que deixei para tráz e nada posso dizer desse agora outro lado, pois me sinto só.

Cheguei neste instante, e para ser sincero ainda nem me apercebi de como são as cores por aqui.

Peço licença para ver se encontro um caminho e deixo a pergunta!!! Você já encontrou a sua trilha???

Congratulations Sir Yorranes Of Valey.


12 de junho de 2010 22:30



Sobre o Detalhe

Tema: DUALIDADE.




Frente a frente com o perigo


Com a Tentação


Ele observa o olhar angelical


O puro cobre refletido nas madeixas


Ele sabe que nada pode fazer


Tocar impossível


Olhar uma proibição

Entre ele e a visão um altar


Que rubro esconde a cor da face


Escurecido pelo rajar do cobre


Como de lado observa


Coloca seus braços para tráz


Numa posição submissa


Eloquentemente passiva


A auréola aparece


Como corte franciscano


Demonstrando o ardor


Pavimentando a obediência


Sobre e em suas costas


Onde menos se espera


A escuridão paira

Observa

Seu manto é lazulis


Seu ombro é identificável


Mas o poder é claro


E a dualidade se apresenta


Clara e escura


Como toda a dualidade deve ser


E a visão abre a mente


No maior e melhor dos delírios.


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Belo detalhe Sr. Iorranes Nullius Bolldus


OBS.: Ilustração - Colina (e Detalhe) by Sr. Vale - Todos os direitos reservados.

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