Subo as escadas que surgem no meio do mar branco, que está a nos oferecer os únicos momentos de paz e conforto, nesse devaneio de choques, culturas e contraculturas.
Na paz branca de meu desatino e do poder de percepção, estou também sem fôlego, curvado em meu próprio eixo, sem poder olhar para tráz, sem poder observar os outros, eis que poucos estão "desse lado" do que estou imaginando e visitando em meus mínimos momentos de razão.
Assim como a paz vai embora, surge após ela, o carmim, a pujança, a desordem, o caos ......... maravilhoso caos, com suas curvas delineantes e cabelos sobrepostos, inundando minha mente com desejos libidinosos e voluptuosos, eis que na boca da caverna, a tentação espreita com olhar perdido e de desdém ......... mas me iludo e desejo que ela também me deseje.
Fujo dessa emboscada, ainda pensando e tinindo entre dentes, pois hoje é dia dos namorados, e aquela nuvem se firma como algo muito presencial, muito forte para se conter todos os pensamentos.
Me lanço na marolada ondulação das águas que se formaram, negras como o caos que deixei, mas geladas a ponto de não mais entender aquilo que pensei, e tentar agora sobreviver a esse ponto onde me encontro, onde nada se vê mas tudo se percebe, se sente, e tento nadar.
Meu esforço nada físico resulta em sucesso, pois consigo chegar ao "outro lado" do universo, e tento visualizá-lo para lembrar de como ele é, pois ainda estou com o corpo frio da água empedrada e fria que deixei para tráz e nada posso dizer desse agora outro lado, pois me sinto só.
Cheguei neste instante, e para ser sincero ainda nem me apercebi de como são as cores por aqui.
Peço licença para ver se encontro um caminho e deixo a pergunta!!! Você já encontrou a sua trilha???
Congratulations Sir Yorranes Of Valey.
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Sobre o Detalhe
Tema: DUALIDADE.
Frente a frente com o perigo
Com a Tentação
Ele observa o olhar angelical
O puro cobre refletido nas madeixas
Ele sabe que nada pode fazer
Tocar impossível
Olhar uma proibição
- Entre ele e a visão um altar
Que rubro esconde a cor da face
Escurecido pelo rajar do cobre
Como de lado observa
Coloca seus braços para tráz
Numa posição submissa
Eloquentemente passiva
A auréola aparece
Como corte franciscano
Demonstrando o ardor
Pavimentando a obediência
Sobre e em suas costas
Onde menos se espera
A escuridão paira
Seu manto é lazulis
Seu ombro é identificável
Mas o poder é claro
E a dualidade se apresenta
Clara e escura
Como toda a dualidade deve ser
E a visão abre a mente
No maior e melhor dos delírios.------------------
Belo detalhe Sr. Iorranes Nullius Bolldus
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